14 de janeiro de 2019

Filme: Polly (1989)

     "O filme se passa em Alabama durante a década de 1950 e é produzido por atores Afrodescendentes (com exceção de Miss Snow (Celeste Holm)). Keshia Pulliam interpreta Polly Whittier, uma órfã que é enviada para viver com sua tia Polly Harrington (Phylicia Rashad), descendente da família fundadora da pequena sulista cidade de Harrington durante a Era da Segregação. O ponto-chave a respeito da cidade é um desfiladeiro que possui uma ponte quebrada que havia sido queimada muitos anos atrás sem ninguém saber como se iniciou, criando uma suspeita por entre os moradores. Polly tem a capacidade de convencer as pessoas a verem o outro lado da história da ponte, mas uma tragédia ocorre quando Polly cai de uma árvore, sofrendo um problema na coluna." - Wikipedia (tradução livre)


     Há pouco tempo, postei a respeito de dois filmes da Pollyanna e a obra original, como vocês podem lembrar. Acontece que, assim que terminei o post, acabei encontrando um terceiro filme, e gostaria de reportá-los a respeito dele.
     Foi uma surpresa quando encontrei este longa. Assim como o filme de 1969, o filme foi produzido pela Disney, com a diferença de selecionar como protagonista uma jovem negra. Achei extremamente inteligente o filme e muito inspirador, o que me faz ficar impressionada com a pouca exibição do mesmo na TV. Polly é um musical, e as músicas são descontraídas, com um ritmo gostoso, nada infantil.
     Os atores do longa são extremamente bons: a jovem Keshia Pulliam (Pollyanna) é extraordinária atuando, Celeste Holm (Miss Snow) é muito adorável ao se acostumar com Polly e seu jogo do contente e Phylicia Rashad (Polly Harrington) é impressionante nesta interpretação, nos convencendo bem em suas maldades com a pequena Polly.
Polly em visita à casa de Miss Snow.
     Assim como havia dito no post anterior, a maioria dos filmes não mostra uma das minhas partes favoritas, que é a da Miss Snow. Nesse caso, o filme abrange bem melhor esse trecho da história (com algumas diferenças com relação ao texto original), sendo este um dos fatores que me fazem selecioná-lo como um dos meus favoritos dentre as adaptações de mesmo título. 
     Outro diferencial do filme (que me fizeram me apaixonar ainda mais por ele) é que nele a questão do preconceito - de ambos os lados - é muito bem abordada, e a maneira com que Polly reflete isso é de emocionar qualquer um que, assim como ela, não entende e nem aprova esse tipo de violência, de forma diferente de como seu amigo Jimmy Bean vê. Neste trecho do filme que transcrevi acredito que dê para ter uma ideia do que estou falando:


"[Polly]- Onde estão as pessoas brancas? Eu não vi nenhum deles desde que desci do ônibus. Vi alguns deles quando fui para Detroit. Vi alguns deles quando fui para Atlanta. Mas quando cheguei a Harrington, nenhuma.
Polly, Jimmy Bean e seus amigos dançando na cidade.
-[Jimmy Bean] É claro que não há. Os brancos estão do lado  de neve do riacho.
-[Polly] Mas não há neve por aqui...
-[Jimmy Bean] Não é neve de clima, é a Sra. Neve (Miss Snow). Ela cuida das coisas do outro lado do riacho, assim como sua tia cuida das coisas deste lado.
-[Polly] Com "Sra. Neve", você quer dizer...
-[Jimmy Bean] Que ela é branca! (...)
-[Polly] As pessoas não são como chicletes Jimmy Bean! Você não pode dizer como elas são por dentro pela cor delas do lado de fora. Você precisa morar numa bolha pra pensar desse jeito!"


     Durante todo o filme é possível se tirar lições, principalmente ao final que, como em todos os demais filmes e no livro, me comprovam e me fazem lembrar que apenas com um grande choque os seres humanos aprendem a mudar.
     Espero que vocês assistam ao filme e apareçam aqui no blog para deixar seu comentário a respeito dele. Aposto que irá adorar tanto quanto os outros (mas, caso tenha de escolher, assista a este em lugar dos demais, com certeza aprenderá muito!).


"Harrington: The Glad Town (A Cidade Feliz)"


-Ana L.


Gênero: Família - Musical
Direção: Debbie Allen
Ano de Produção: 1989
País de Origem: EUA
Data de Lançamento: 12 de Novembro de 1989
Distribuidora: NBC
Duração: 100 min
Faixa Etária: Não encontrado (acredito que livre ou 10 anos)
Mais Informações: FilmOw
Trailer: Não encontrado

OBS.: Polly commin' home é o segundo filme, mas muito difícil de ser encontrado na internet.

OBS 2.: Você pode ver este filme tanto no original (em inglês) quanto dublado no YouTube.

22 de julho de 2016

Livro Vocação para o Mal por Robert Galbraith (pseudônimo J.K. Rowling)

Gênero: Romance policial
Autor: Robert Galbraith (pseudônimo J.K. Rowling)
Páginas: 496
Ano de publicação: 2015
Editora: Rocco
ISBN-13: 978-8532530226
     
     "Quando um misterioso pacote é entregue a Robin Ellacott, ela fica horrorizada ao descobrir que contém a perna decepada de uma mulher. Seu chefe, o detetive particular Cormoran Strike, fica menos surpreso, mas não menos alarmado. Há quatro pessoas de seu passado que ele acredita que poderiam ser responsáveis por tal crime – e Strike sabe que qualquer uma delas seria capaz de tamanha brutalidade. Com a polícia focada no suspeito que Strike tem cada vez mais certeza de que não é o criminoso, ele e Robin põem as mãos à obra e mergulham no mundo sombrio e distorcido dos outros três homens. Entretanto, quanto mais acontecimentos horrendos acontecem, mais o tempo se esgota para ambos."

     Esse livro, o terceiro da série Detetive Cormoran Strike, é ao meu ver um tanto diferente dos outros dois já lançados e aponta temas muito maduros como o assédio sexual, o machismo e o empoderamento feminino, além de ter uma abordagem diferente em relação à história policial em si.
     Neste livro, há um brutal serial killer à solta que tem como objetivo de vida fazer a vida do detetive Cormoran miserável. Ele, que de cara nota que o crime tem o objetivo de o desestabilizar, aponta quatro possíveis suspeitos que tiveram no passado algum relacionamento conturbado com Strike.
    O que é legal é que o livro nos mostra não apenas a perspectiva de Cormoran e sua assistente Robin, mas também desse vilão cruel. Mas aí você pensa: "Ahh, mas então deve ser bem mais fácil descobrir qual dos três suspeitos para o detetive é o assassino". A resposta é "NÃOOO". Juro que foi impossível descobrir quem que estava por trás dos pensamentos sádicos do assassino até que ele fosse revelado. J.K. Rowling fez um excelente trabalho ao escrever as relações de Strike com os três suspeitos, nos fazendo acreditar a cada instante que cada um dos três era o assassino.
     Além disso, nos discursos do assassino há indicações dos planos dele que podem por em risco a vida dos outros personagens, então dá aquele desespero de que algo errado pode acontecer a qualquer momento com eles, fazendo-nos torcer pelo bem estar deles. É beeem tenso, mas um tenso bom e que te faz não soltar o livro por horas.
     Mas o livro vai além deste mistério: conhecemos detalhes sombrios do passado de Strike e de Robin, entendendo algumas das informações nos dadas soltas nos dois últimos livros. Acho legal essa proximidade que a escritora faz entre os leitores e os personagens, não os retratando apenas como "desvendadores" de assassinos, mas também como pessoas.
     Agora, a temática que eu achei muitíssimo importante relatada nesse livro é em relação às questões do feminismo. O livro aborda o assédio sexual, relatando o que ele pode fazer com os sonhos de uma pessoa e a forma de que como ela é vista pela sociedade após ser assediada. Eu achei que a escritora fez um bom trabalho ao abordar esse assunto considerado por muito tempo um tabu.
     Além disso, outro grande problema persistente na sociedade é mencionado: o machismo. Muitas vezes, nas partes de perspectiva de Robin, pode-se notar o discurso machista que ela escutou durante sua vida e como isso a afetou. É mostrado como a mulher é ainda vista como um objeto e que seus sonhos e desejos podem não ser válidos devido a seu gênero:

     "Uma vasta fúria sem foco surgiu nela, contra os homens que consideravam as demonstrações de emoção uma deliciosa porta aberta; homens que encaravam seus peitos fingindo olhar as prateleiras de vinho; homens para quem sua mera presença física constituía um convite lascivo."

     O livro retrata graves problemas da sociedade. Fico feliz de ver que J.K. Rowling está usando seu incomparável dom da escrita para a conscientização desses assuntos.   
     A revelação do assassino e o final do livro são novamente impressionantes, não caindo em clichês e ao meu ver, transmitindo mensagens valiosas relacionadas aos temas abordados.
     Esse livro com certeza é um dos que mais gostei e recomendo fortemente a leitura por todos, é uma justificativa para começar a ler os livros da série Detetive Cormoran Strike. Leia, você não vai se arrepender. Quanto mais eu reflito sobre esse livro mais eu o amo.

-Giu

19 de julho de 2016

Livro Brilho (Em Busca de um Novo Mundo- Livro #01) por Amy Kathleen Ryan

Gênero: Romance, Jovem Adulto, Ficção Científica
Autora: Amy Kathleen Ryan
Páginas: 354
Ano de publicação: 2013
Editora: Geração Jovem
ISBN-13: 978-8581300733

     "Mais fascinante trilogia desde Jogos Vorazes. A Terra não existe mais, e em duas naves que procuram um novo mundo no espaço, uma menina de 15 anos precisa casar e engravidar para garantir a sobrevivência da humanidade. Enquanto isso, uma sucessão de acontecimentos eletrizantes torna a jornada pelo espaço algo absolutamente imprevisto. Temas como religião, a escolha da mulher e a ideia de poder e dominação vão aparecendo muito suavemente articulados ao longo da trama, amarrando o leitor com surpresas e reviravoltas estonteantes. São temas universais, postos num livro por uma escritora surpreendente e que promete arrasar a cena literária a partir desta sua fantástica criação."


     Confesso que o principal motivo para eu me interessar por esse livro foi a capa fabulosa - e que também precisava de um livro na categoria "romance que ocorre no futuro" para o Desafio de Leitura. Mas o livro até que surpreendeu.
     Ele aborda temas polêmicos como assédio, religião e o direito da mulher sobre seu próprio corpo. Achei isso interessante, principalmente a parte de religião que é o tema abordado de forma mais intensa, sendo relacionado à política, à questão de conversão e até um pouco à questão de manipulação. Esse tema é ainda mais desenvolvido no segundo livro.
     Em relação à história posso dizer que não é tão clichê quanto eu esperava e o livro se desenvolve de maneira rápida e sem enrolação, eu fiquei bem engajada na leitura desse livro. A proposta do livro da procura pela nova Terra depois da destruição da original pelos próprios humanos e as consequências disso para os habitantes das naves é bem interessante e de certa forma única.
     Alguns personagens me cativaram, outros nem tanto. Dos principais- Kieran e Waverly- eu achei Kieran meio idiota e exagerado, mas algumas vezes determinado. Já Waverly foi definitivamente escrita para ser a heroína do livro, que não apenas se mostra valente, mas também contesta as regras impostas as meninas da nave.
     Achei esse livro interessante e com uma leitura bem dinâmica. É legal que ele aborde temas polêmicos, se diferenciando de outros livros jovem adulto de ficção científica. Eu recomendo a leitura, ela é rápida e imersiva, ou seja: vale a pena.   

-Giu

26 de fevereiro de 2016

Filme O Quarto de Jack (indicado ao Oscar 2016)

     "Joy (Brie Larson) e seu filho, Jack (Jacob Tremblay), vivem isolados em um quarto. O único contato que ambos têm com o mundo exterior é a visita periódica do Velho Nick (Sean Bridgers), que os mantém em cativeiro. Joy faz o possível para tornar suportável a vida no local, mas não vê a hora de deixá-lo. Para tanto, elabora um plano em que, com a ajuda do filho, poderá enganar Nick e retornar à realidade."

     Desde que vi o trailer me interessei por esse filme. A história é baseada em um livro homônimo de Emma Donoghue. Depois de ver o filme, entendi porque foi indicado ao Oscar e muitos outros prêmios.
     A história é pesada, assuntos polêmicos como cárcere privado, estupro e violência à mulher são abordados nesse filme. O esforço de uma mãe para proteger e dar um lar normal e amoroso ao seu filho, mesmo que tudo indique o contrário, é algo que nos deixa boquiabertos.
     Tiveram muitos momentos nesse filme em que quase chorei. Esse filme é emocionante e surpreendente do começo ao fim. Também há alguns comentários ingênuos e fofos de Jack que faz quebrar um pouco esses momentos mais sentimentais.
     Falando nesses comentários posso dizer que fazem toda a diferença no filme e mostra a versatilidade desse pequeno ator. Eles também nos emocionam e nos fazem entender ainda melhor os esforços da mãe para proteger seu filho, alem de firmar as descobertas de Jack.
     Quando tudo muda e Jack e sua mãe conseguem escapar é impressionante ver Jack, que até então pensava que o mundo se restringia ao "Quarto", descobrir a vastidão e as possibilidades que realmente existem no planeta.
     Os atores são MUITO bons. Os papéis, principalmente o de Jack e de sua mãe, exigem uma transmissão de emoções muito intensas. Eu acho que Brie Larson merece o Oscar de melhor atriz. Também achei ridiculamente injusto o fato de Jacob Tremblay, que faz Jack, não ter sido indicado ao Oscar. A maturidade exigida para fazer esse papel era enorme e o menininho provou, de forma espetacular, que a tinha.
     Embora não pareça, pelo gênero do filme, a caracterização dos personagens é incrível. Brie não utilizou nenhuma maquiagem nas cenas. O quarto também é um cenário impressionante que não é tratado apenas como um cômodo por Jack.
     Esse filme é muito bom e emocionante: ele trata de uma maneira singular assuntos muito delicados. Acho que merece faturar pelo menos um Oscar porque é um trabalho incrível. Torço para que ganhem o mais esperado da noite: o de melhor filme. Eu recomendo muito ver esse filme.

-Giu

Trailer: YouTube
Gênero: Drama, Suspense
Direção: Lenny Abrahamson
Ano de produção: 2015
País de origem: Canadá, Irlanda
Data de lançamento: 18 de fevereiro de 2016
Distribuição: Universal Pictures
Duração: ~2h00
Faixa etária: 14 anos
Mais informações: AdoroCinema

23 de fevereiro de 2016

Filme Perdido em Marte (indicado ao Oscar 2016)

     "O astronauta Mark Watney (Matt Damon) é enviado a uma missão em Marte. Após uma severa tempestade ele é dado como morto, abandonado pelos colegas e acorda sozinho no misterioso planeta com escassos suprimentos, sem saber como reencontrar os companheiros ou retornar à Terra."

     Confesso que não estive a fim de ver esse filme desde seu lançamento. Pensava que seria paradão e exageradamente dramático como os outros filmes do gênero de me-ferrei-no-espaço. Mas esse filme me surpreendeu!
     Primeiro que o cenário é bem mais legal: Marte e não a nossa boa e velha Lua. Também, a forma em que se ocorre a exploração do planeta é diferente. As bases dele são interessantes. Achei meio exagerado o motivo do abandono no planeta. No começo do filme fiquei meio perdida, mas conforme ele foi fluindo fui entendendo melhor.
     O filme lembra um pouco os longas de náufragos em ilhas desertas mas de forma muito mais interessante e complexa, afinal é Marte. As ideias de Watney para driblar seus problemas são muito boas e me prenderam bem num filme que achava que seria maçante de ver. Elas me fizeram pensar o que eu faria se fosse comigo.
     Gostei também da rapidez com que as coisas acontecem. Nada de uma hora e meia de filme só pro cara descobrir que está sozinho no planeta vermelho. Achei legal também a relação que há entre ele estar em Marte e as pessoas na Terra e como a NASA e o mundo reagiram ao fato de terem perdido um homem num planeta inabitável.
     O personagem principal é genial e ainda bem humorado. Os outros personagens são interessantes também, embora não apareçam tanto, ainda marcam o filme. Os atores são muito bons; Matt Damon, que faz o personagem principal, concorre, merecidamente, ao Oscar de melhor ator.
     Os efeitos visuais são muito bons, o que faz o filme concorrer ao Oscar dessa categoria. Imagino que Marte seja como eles representam no filme e as imagens do espaço e das estações espaciais são muito bonitas.
     Esse é mais um dos filmes indicados ao Oscar baseado em um livro. Neste caso o livro se chama "The Martian" (mesmo título do filme em inglês) e foi escrito por Andy Weir. Alguns dos outros filmes indicados ao Oscar deste ano baseados em livros são "A Garota Dinamarquesa", "O Quarto de Jack", "Brooklyn" e "O Regresso". É muito interessante repararmos como os livros estão, hoje em dia, influenciando diretamente a produção de grandes filmes.
     Acho que esse é um dos melhores filmes de ficção científica e espaço. Recomendo que você veja, principalmente se está com vontade de ver algum filme atual desse gênero.
 
-Giu

Trailer: YouTube
Gênero: Ficção Científica
Direção: Ridley Scott
Ano de produção: 2015
País de origem: EUA
Data de lançamento: 1 de outubro de 2015
Distribuição: FOX Filmes
Duração: ~2h20min
Faixa etária: 12 anos
Mais informações: AdoroCinema

19 de fevereiro de 2016

Filme Deadpool

     "Ex-militar e mercenário, Wade Wilson (Ryan Reynolds) é diagnosticado com câncer em estado terminal, porém encontra uma possibilidade de cura em uma sinistra experiência científica. Recuperado, com poderes e um incomum senso de humor, ele torna-se Deadpool e busca vingança contra o homem que destruiu sua vida."

     Esse filme é um dos mais esperados do ano. Deadpool é uma espécie de anti-herói da Marvel muitíssimo zueiro. Esse filme se passa no Universo do X-Men, então não existem os Vingadores nem o ataque à Nova York.
     Primeiro quero dizer que esse filme não é para crianças (a classificação é 16 anos). Ele é cheio de piadas sujas, palavrões,
algumas cenas mais violentas das de outros filmes de heróis, e sexo. Mas essas piadas fazem o filme ser muito engraçado e diferentíssimo dos outros longas metragens da Marvel.
     A história por si só é bem comum; o que eu diria que faz desse filme muito bom é o humor ácido e referências a filmes, cultura pop e à atores. Esse filme é feito mais para rir do que pra se engajar na ação (embora a ação do filme seja até cativante). Como tinha visto em comentários do 9GAG, o maior spoiler que pode ser dado são em relação às piadas e não tanto sobre o enredo.
     Uma outra coisa que torna o filme ainda mais hilário é o fato de ser narrado em primeira pessoa, ou seja, temos os comentários do Deadpool zueiro. Os comentários, por exemplo, abafam as cenas mais tristes e violentas.
     Ryan Reynolds faz perfeitamente o papel do protagonista do filme: suas expressões corporais, por exemplo, são muito boas. Os outros atores também são ótimos, mas o destaque vai definitivamente para Ryan. Este é, com certeza, um dos melhores papéis que ele já fez. E sim. Stan Lee aparece nesse filme.
   Sério, o filme todo é engraçado, e quando digo todo eu digo todo mesmo, até os créditos inicias e finais são cômicos.
     Eu adorei esse filme. Se você quiser ver um filme pra se divertir, assista Deadpool. Se não quiser, também vá ver, vale a pena. Juro que foi um dos filmes mais legais que já vi e espero que também seja pra você!
     Ah! Só pra lembrar, embora hoje em dia todo mundo já saiba, depois de todos os créditos (incluindo os que aparecem no fundo preto e demoram pra caramba) há a típica cena final que promete algo (assistam que vocês saberão).

-Giu


Trailer: YouTube
Gênero: Ação, Aventura, Comédia
Direção: Tim Miller
Ano de produção: 2016
País de origem: EUA, Canadá
Data de lançamento: 11 de fevereiro de 2016
Distribuidora: FOX Filmes
Duração: ~1h50min
Faixa etária: 16 anos
Mais informações: AdoroCinema

16 de fevereiro de 2016

Livro Game of Thrones (As Crônicas de Gelo e Fogo - Livro #1) por George R. R. Martin


Gênero: Fantasia
Autor: George R. R. Martin
Páginas: 592
Ano de publicação: 1996
Editora: Leya Brasil
ISBN-13: 978-85-629-3652-4

     "Em 'A Guerra dos Tronos', o primeiro livro da aclamada série As crônicas de Gelo e Fogo, George R. R. Martin - considerado o Tolkien americano - cria uma verdadeira obra de arte, trazendo o melhor que o gênero pode oferecer.
     Uma história de lordes e damas, soldados e mercenários, assassinos e bastardos que se juntam em um tempo de presságios malignos. Cada um esforçando-se para ganhar este conflito mortal: a guerra dos tronos. Mistério, intriga, romance e aventura encherão as páginas deste livro, agora também um blockbuster da HBO!"


     Uma coisa que suponho que todos os fãs da série 'Game of Thrones' sabem é que ela é baseada na coleção de livros 'As Crônicas de Gelo e Fogo' de George R. R. Martin. Achei o primeiro livro em inglês na Saraiva em promoção e resolvi dar uma chance.
     Uma amiga havia me dito que esse livro é muito denso, no sentido que possui muitos detalhes e que, por conta disso, cansa ao ler. No começo da história não acreditei muito nisso, mas conforme lia fui reparando o quão exageradamente detalhado é o livro. George literalmente descreve o que CADA pessoa está usando nos mínimos detalhes. Isso também acontece com paisagens. Ou seja, de fato cansa muito ler tantos detalhes, o que no meu caso fez com que eu demorasse muito mais pra terminar e lesse muito pouco por vez que pegava o livro na mão.
     Entretanto, esse detalhismo, que também se aplica na História do mundo em que o livro se passa, me deixa impressionada com a genialidade do autor para criar um universo tão bem polido e elaborado. Sério: como que ele conseguiu pensar em tanta coisa ao escrever esses livros? (por isso que o livro 6 ainda não lançou).
     Falando agora da história, posso dizer que ela é incrível e, pelo menos no meu caso, me lembrou um pouquinho Harry Potter (resenha por -Ana L). A época medieval e seus dramas são explorados de uma forma interessante que me faz pensar se não era assim mesmo no nosso mundo.
     Alguns fatos demoram um pouco a serem desenvolvidos, mas quando desenvolvem, fica muito bom. As cenas de "ação" do livro são mesmo tensas. Mesmo as partes mais paradonas me faziam mergulhar na história.
     O livro é narrado em terceira pessoa mas pela perspectiva de mais de um personagem. Ned Stark, Caetlyn Stark, Arya Stark, Bran Stark, Sansa Stark, Jon Snow, Tyrion Lannister e Daenerys Targaryen (ufa!), narram esse primeiro livro. Se você já viu a série, sabe quem são.
     Se o filme do Percy Jackson é um contra-exemplo de relação livro-filme, Game of Thrones (que, no caso, é livro-série), é O exemplo, pelo menos o primeiro livro. Eu JURO que é IGUAL à série! Eu revivi momentos da série ao ler o livro, tem até frases iguais. Vale lembrar que esse livro é basicamente a primeira temporada da série.
     Uma coisa diferente da série é que não tem tantas cenas de nudez e sexo. Tipo, tem algumas coisas, mas não com tanta ênfase como na série.
     Mesmo tendo assistido a série e sabendo de tudo que iria acontecer, eu gostei muito de ler esse livro e definitivamente lerei o próximo. Eu achei que valeu a pena.
     Se você é fã de História e/ou de Fantasia (incluindo dragões) vai gostar muito desse livro uma vez que George R. R. Martin se baseia em fatos reais da História do nosso planeta. Se você já assistiu à série e não aguenta esperar pela próxima temporada, retomar a história pelos livros é uma opção legal.

-Giu

15 de fevereiro de 2016

Como Eu Era Antes de Você

Gênero: Romance
Autor: Jojo Moyes
Páginas: 320
Ano de Publicação: Jan/ 2012
Editora: Intrinseca
ISBN-13: 978-85-805-7329-9

     "Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Trabalha como garçonete num café, um emprego que não paga muito, mas ajuda nas despesas, e namora Patrick, um triatleta que não parece interessado nela. Não que ela se importe.
     Quando o café fecha as portas, Lou é obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de um acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto. Tudo parece pequeno e sem graça para ele, que sabe exatamente como dar um fim a esse sentimento. O que Will não sabe é que Lou está prestes a trazer cor a sua vida. E nenhum dos dois desconfia de que irá mudar para sempre a história um do outro."

     Vou começar minha resenha como grande parte dos títulos de resenhistas que falaram sobre este livro: "Como Eu Era Antes Desse Livro".
     Nunca fui muito fã de romances e nem de melodrama, mas assim que vi o trailer desse filme, por acidente, no facebook, fiquei loucamente interessada e (não me julguem, odeio fazer isso, mas não pude me controlar) baixei o livro.
     A história trata de maneira maravilhosamente descontraída um tema ainda muito recente e bastante polêmico: a Eutanásia. Por motivos religiosos (como no caso dos cristãos que creem que nossos corpos e vidas pertencem a Deus) quanto por tabú (crença de que a morte é um tema constrangedor), muitos não concordam com a existência de tal procedimento em alguns países (como por exemplo, na Suiça, citado no livro). Eu particularmente acredito que, havendo motivos suficientes para se tomar tal medida, não se tem porque criar tanto "bafafá" sobre o tema, principalmente porque certas decisões são pessoais e não cabem à sociedade julgar ninguém por terem participado da vida do indivíduo que optou pela Eutanásia (o que muitas vezes pode acontecer, até mesmo pela atuação da mídia perante a isso).
     Como minha opinião a respeito desse tema não convém à situação - já que o foco do nosso blog são os livros - deixemos isso de lado e voltemos ao maravilhoso livro de Jojo Moyes.
     Tenho muitos motivos para ter me apaixonado pelo livro:
  1. As personagens são sensacionais e animadas, deixando o assunto do livro menos sério e mais reflexivo, focando na opinião pessoal e reflexão de quem lê;
  2. Ao longo de todo o livro, até nos poucos trechos tristes e preocupantes, Louisa Clark busca ver o lado positivo, tentando não afetar Will (nem a si própria, embora se preocupasse em demasia). Isso me lembrou Pollyanna...
  3. O livro tem poucos trechos tristes, tipo, quase nenhum mesmo! Praticamente apenas o fim do livro tem suas recaídas, mas em grande parte é bem-humorado (muitas vezes ri das comparações feitas pela protagonista);
  4. A narração é feita por 5 pontos de vistas diferentes, sendo grande parte narrado por Lou, e um capítulo reservado a cada personagem (não vou contar quem narrou porque é uma das partes que mais gosto de descobrir em livros a sim hehehe).
     Sendo a narração feita em primeira pessoa, a leitura é bem gostosa e rápida, principalmente com as piadinhas de Lou a todo momento e as cortadas de Will. Achei uma graça a ligação que Lou, Nathan e Will conquistaram ao longo do romance, e, principalmente, me apaixonei pelas ações e pelo jeito de Lou. Ela é uma GRAÇA! 

"Não consegui ver sua boca, mas seus olhos se apertaram, um pouco divertidos. Eu queria que continuassem assim. Queria que ele fosse feliz, que seu rosto perdesse aquele ar assustado e alerta. Comecei a tagarelar. Contei piadas. Cantarolei baixinho. Fiz de tudo para estender o momento antes que ele voltasse a ser sombrio." (Cap. 7, pág. 91)

     Odiei Patrick e seu vício pelo seu corpo e amei a família Clark, que, assim como Lou - principal representante da família - são muito animados e de bem com a vida (meio malucos, mas isso é o mais legal neles). Além disso, também odiei loucamente o pai de Will, ele é meio babaca, em muitos sentidos - só lendo vocês compreenderão.

"Eu sabia, e Camilla também. Mesmo que nenhum de nós admitisse. Só com a morte de meu filho eu ficaria livre para viver a vida que quisesse." (Cap. 21, pág. 261)

     Estou impressionada com a narrativa incomum realizada por Jojo Moyes que enfrentou um grande desafio ao transcrever seu ponto de vista a respeito de uma polêmica. Adorei o espírito aventureiro e desafiador dela hahaha. Tenho certeza que, qualquer um que ler este livro, irá ficar marcado e mudar seu ponto de vista perante outros deficientes, sejam eles deficientes físicos ou mentais (a autora comenta problemas da sociedade e do Estado de maneira bem convincente e justificada, o que me fez a adorar mais ainda!).

"Há coisas que você não percebe até acompanhar uma pessoa numa cadeira de rodas. Uma delas é como a maioria dos calçamentos é malconservada, com buracos mal remendados ou desnivelada. Andando devagar ao lado de Will enquanto ele mesmo dirigia a cadeira, notei que cada laje em desnível causava nele uma dolorosa chacoalhada, ou como ele frequentemente precisava se desviar com cuidado de algum obstáculo em potencial." (Cap. 5, pág. 67)

     O livro é uma grande crítica a sociedade atual, apontando que, por mais que tentemos apontar o "Século XXI" como o século do futuro e do bem, ainda há muito a se preocupar para o tornar um exemplo.
     Boa leitura, e depois me conte sua experiência com este livro!

-Ana L


"Validade: 19 de março de 2007" (Cap. 15, pag. 191)


Obs.: Em julho será lançado o filme sobre este livro. Espero que seja tão bom quanto o livro e que destaquem a alegria relatada no livro e não só a tristeza muitas vezes esperada quando se fala da morte. 

12 de fevereiro de 2016

Série Unbreakable Kimmy Schimdt (original Netflix)


     "Presa em culto ao Armagedom desde a adolescência, Kimmy é resgatada quinze anos depois. Sua primeira decisão: morar em Nova York"

     Sabe quando você vê o nome e a sinopse da série e acha tão ridículo que promete que nunca vai assistir? Era isso que ia acontecer entre mim e essa série, mesmo tendo ouvido recomendações de um amigo (que diga-se de passagem, também não tinha gostado da sinopse). Um dia, não sei porque, resolvi ver o trailer da série e até que gostei, então comecei a vê-la.
     O que dizer sobre a minha primeira impressão sobre essa série? I've never been so wrong. A proposta não parece boa mas, surpreendentemente, é.
     Juro, é uma das séries mais engraçadas que já vi, além de ser peculiar e ter atores incríveis. Ela é produzida e escrita pela comediante Tina Fey e conta com cenas com muito humor negro e alguns temas diferentes, como cultos e ficar preso por muito tempo contra a sua vontade. Mas também aborda temas típicos, porém de forma divertida, como 'como sobreviver em Nova York' e o papel de uma mulher e um gay negro perante preconceitos.
     É legal ver o "generation gap" entre Kimmy e os outros personagens; não devido à idade, mas ao fato de ela ter ficado 15 anos totalmente isolada do mundo, então situações mundanas e referências ao mundo atual se tornam objetos de estranhamento para personagem. Isso faz com que haja umas tiradas sensacionais na série.
     O programa apresenta musicas originais que nem "How I Met Your Mother" (resenha por -L). A abertura, por exemplo, é VICIANTE, até hoje está na minha cabeça. E a série está sendo até elogiada sobre isso.
     Os personagens, e seus atores, são tão incríveis que merecem cada um uma breve descrição:

     • Kimmy Schimdt- A protagonista da série, vivenciada por Ellie Kemper, é muito engraçada, um pouco infantil e muito ingênua, afinal ela perdeu o contato com o mundo na adolescência. As expressões facias que ela faz são impagáveis e suas frases sobre a vida e sobre ser "inquebrável", uma lição de vida.


     • Titus Andromedon- Esse é definitivamente meu personagem favorito. Titus é um homem gay muuito divo que tenta chegar ao seu estrelato em Nova York, mas até agora não conseguiu nada. Ele é o colega de quarto de Kimmy e a guiará pelo mundo atual em NY. O ator, Tituss Burgess, canta muito bem além de ser engraçadíssimo.


 

     • Jacqueline Voorhes- A patroa rica de Kimmy nos mostra a arrogância e superficialidade das pessoas ricas de forma cômica e satirizada, mas também nos apresenta o lado humano e inseguro delas. Entretanto, a personagem de Jane Krakowski guarda um hilário segredo que mostra um outro lado dela. Kimmy a ajudará com seus incríveis conselhos.


     •Lilian- Outra ótima personagem. É a senhora meio maluca do apartamento que Titus e Kimmy alugam. Ela demonstra a esperteza de anos de experiência da vida não privilegiada de Nova York. Eu não sei porque mais a achei simpática e ficava feliz de vê-la em cena. Ela é interpretada por Carol Kane.


     •Xanthippe Lannister Voohes- Enteada adolescente de Jacqueline interpretada por Dylan Gelulla. Uma espécie de mean girl. O legal dessa personagem é que ela mais a Kimmy vão mostrar de forma mais intensa o "generation gap". Também, as duas estarão sempre em pé de guerra.

 

     As descobertas sobre a vida, não apenas relacionadas aos 15 anos de vida perdidos de Kimmy, fazem com que a série seja ao mesmo tempo engraçada, mas nos deixe mensagens profundas de otimismo e bem-estar com nós mesmos. 
     Ah! Outra coisa: a série não possui palavrões nem nudez, então dá pra assistir mais tranquilo com gente por perto sem ser constrangedor.
     Se eu recomendo essa série? Com certeza! Ela é uma das que mais gostei no ramo de comédia. E ainda aprendi a não julgar uma série pela sinopse.

-Giu

Produtores: Tina Fey, Robert Carlock, David Miner
Criadores: Tina Fey, Robert Carlock
Gênero: Comédia, Humor Negro, Sitcom 
Emissora que transmite (EUA/Brasil): Netflix
Temporadas: 1
Status: Renovada para a segunda temporada (estreia dia 15 de abril de 2016) 
Tempo por episódio: ~20 minutos
Ano: 2015-presente
Data de lançamento: 6 de março de 2015

11 de fevereiro de 2016

Pollyanna: Livro vs. Filmes

  • LIVRO
Gênero: Clássico - Infanto Juvenil
Autor: Eleanor H. Porter
Páginas: 184
Ano de Publicação: 1913 (1ª edição)
Editora: Companhia Editora Nacional
ISBN-13: 978-85-342-3090-2

     "Embarque na emocionante história da doce Pollyanna, que, após ficar órfã aos 11 anos, vai morar com a sua amarga tia. Essa convivência, aparentemente impossível, vai transformar a vida de ambas e de todos à sua volta. Este livro, um dos mais traduzidos e adaptados romances do século XX, carrega a intensa mensagem positiva de que todas as coisas podem ser melhores, dependendo da forma como as olhamos."



  • FILME 1960
     "Na pequena cidade de Americana você descobrirá Pollyana (Hayley Mills), uma pequena órfã que ilumina a vida de todos que a conhecem. Sua tia Polly (Jane Wyman), preocupada com aparências, política e posses, tem problemas em aceitar a alegria da sobrinha. Somente quando a cidade quase perde a sua habitante mais querida, é que tia Polly entende a importância do amor e da esperança."

Gênero: Drama - Aventura
Direção: David Swift
Ano de Produção: 1960
País de Origem: EUA
Data de Lançamento: 08 de julho de 1960
Distribuidora: Disney Buena Vista
Duração: 2h14min
Faixa Etária: Livre
Mais Informações: Interfilmes

  • FILME 1919
     "Pollyanna (Mary Pickford), uma menina de onze anos, após a morte de seu pai, um missionário pobre chamado John Whittier (Wharton James), se muda de cidade para ir morar com uma tia rica e severa que não conhecia anteriormente. No seu novo lar, passa a ensinar, às pessoas, o "jogo do contente" que havia aprendido de seu pai. O jogo consiste em procurar extrair algo de bom e positivo em tudo, mesmo nas coisas aparentemente mais desagradáveis."

Gênero: Comédia - Drama
Direção: Paul Powell
Ano de Produção: 1919
País de Origem: EUA
Data de Lançamento: 18 de janeiro de 1920 (EUA)
Distribuidora: United Artists
Duração: 58min
Faixa Etária: Livre
Mais Informações: Wikipedia (em inglês)