26 de fevereiro de 2016

Filme O Quarto de Jack (indicado ao Oscar 2016)

     "Joy (Brie Larson) e seu filho, Jack (Jacob Tremblay), vivem isolados em um quarto. O único contato que ambos têm com o mundo exterior é a visita periódica do Velho Nick (Sean Bridgers), que os mantém em cativeiro. Joy faz o possível para tornar suportável a vida no local, mas não vê a hora de deixá-lo. Para tanto, elabora um plano em que, com a ajuda do filho, poderá enganar Nick e retornar à realidade."

     Desde que vi o trailer me interessei por esse filme. A história é baseada em um livro homônimo de Emma Donoghue. Depois de ver o filme, entendi porque foi indicado ao Oscar e muitos outros prêmios.
     A história é pesada, assuntos polêmicos como cárcere privado, estupro e violência à mulher são abordados nesse filme. O esforço de uma mãe para proteger e dar um lar normal e amoroso ao seu filho, mesmo que tudo indique o contrário, é algo que nos deixa boquiabertos.
     Tiveram muitos momentos nesse filme em que quase chorei. Esse filme é emocionante e surpreendente do começo ao fim. Também há alguns comentários ingênuos e fofos de Jack que faz quebrar um pouco esses momentos mais sentimentais.
     Falando nesses comentários posso dizer que fazem toda a diferença no filme e mostra a versatilidade desse pequeno ator. Eles também nos emocionam e nos fazem entender ainda melhor os esforços da mãe para proteger seu filho, alem de firmar as descobertas de Jack.
     Quando tudo muda e Jack e sua mãe conseguem escapar é impressionante ver Jack, que até então pensava que o mundo se restringia ao "Quarto", descobrir a vastidão e as possibilidades que realmente existem no planeta.
     Os atores são MUITO bons. Os papéis, principalmente o de Jack e de sua mãe, exigem uma transmissão de emoções muito intensas. Eu acho que Brie Larson merece o Oscar de melhor atriz. Também achei ridiculamente injusto o fato de Jacob Tremblay, que faz Jack, não ter sido indicado ao Oscar. A maturidade exigida para fazer esse papel era enorme e o menininho provou, de forma espetacular, que a tinha.
     Embora não pareça, pelo gênero do filme, a caracterização dos personagens é incrível. Brie não utilizou nenhuma maquiagem nas cenas. O quarto também é um cenário impressionante que não é tratado apenas como um cômodo por Jack.
     Esse filme é muito bom e emocionante: ele trata de uma maneira singular assuntos muito delicados. Acho que merece faturar pelo menos um Oscar porque é um trabalho incrível. Torço para que ganhem o mais esperado da noite: o de melhor filme. Eu recomendo muito ver esse filme.

-Giu

Trailer: YouTube
Gênero: Drama, Suspense
Direção: Lenny Abrahamson
Ano de produção: 2015
País de origem: Canadá, Irlanda
Data de lançamento: 18 de fevereiro de 2016
Distribuição: Universal Pictures
Duração: ~2h00
Faixa etária: 14 anos
Mais informações: AdoroCinema

23 de fevereiro de 2016

Filme Perdido em Marte (indicado ao Oscar 2016)

     "O astronauta Mark Watney (Matt Damon) é enviado a uma missão em Marte. Após uma severa tempestade ele é dado como morto, abandonado pelos colegas e acorda sozinho no misterioso planeta com escassos suprimentos, sem saber como reencontrar os companheiros ou retornar à Terra."

     Confesso que não estive a fim de ver esse filme desde seu lançamento. Pensava que seria paradão e exageradamente dramático como os outros filmes do gênero de me-ferrei-no-espaço. Mas esse filme me surpreendeu!
     Primeiro que o cenário é bem mais legal: Marte e não a nossa boa e velha Lua. Também, a forma em que se ocorre a exploração do planeta é diferente. As bases dele são interessantes. Achei meio exagerado o motivo do abandono no planeta. No começo do filme fiquei meio perdida, mas conforme ele foi fluindo fui entendendo melhor.
     O filme lembra um pouco os longas de náufragos em ilhas desertas mas de forma muito mais interessante e complexa, afinal é Marte. As ideias de Watney para driblar seus problemas são muito boas e me prenderam bem num filme que achava que seria maçante de ver. Elas me fizeram pensar o que eu faria se fosse comigo.
     Gostei também da rapidez com que as coisas acontecem. Nada de uma hora e meia de filme só pro cara descobrir que está sozinho no planeta vermelho. Achei legal também a relação que há entre ele estar em Marte e as pessoas na Terra e como a NASA e o mundo reagiram ao fato de terem perdido um homem num planeta inabitável.
     O personagem principal é genial e ainda bem humorado. Os outros personagens são interessantes também, embora não apareçam tanto, ainda marcam o filme. Os atores são muito bons; Matt Damon, que faz o personagem principal, concorre, merecidamente, ao Oscar de melhor ator.
     Os efeitos visuais são muito bons, o que faz o filme concorrer ao Oscar dessa categoria. Imagino que Marte seja como eles representam no filme e as imagens do espaço e das estações espaciais são muito bonitas.
     Esse é mais um dos filmes indicados ao Oscar baseado em um livro. Neste caso o livro se chama "The Martian" (mesmo título do filme em inglês) e foi escrito por Andy Weir. Alguns dos outros filmes indicados ao Oscar deste ano baseados em livros são "A Garota Dinamarquesa", "O Quarto de Jack", "Brooklyn" e "O Regresso". É muito interessante repararmos como os livros estão, hoje em dia, influenciando diretamente a produção de grandes filmes.
     Acho que esse é um dos melhores filmes de ficção científica e espaço. Recomendo que você veja, principalmente se está com vontade de ver algum filme atual desse gênero.
 
-Giu

Trailer: YouTube
Gênero: Ficção Científica
Direção: Ridley Scott
Ano de produção: 2015
País de origem: EUA
Data de lançamento: 1 de outubro de 2015
Distribuição: FOX Filmes
Duração: ~2h20min
Faixa etária: 12 anos
Mais informações: AdoroCinema

19 de fevereiro de 2016

Filme Deadpool

     "Ex-militar e mercenário, Wade Wilson (Ryan Reynolds) é diagnosticado com câncer em estado terminal, porém encontra uma possibilidade de cura em uma sinistra experiência científica. Recuperado, com poderes e um incomum senso de humor, ele torna-se Deadpool e busca vingança contra o homem que destruiu sua vida."

     Esse filme é um dos mais esperados do ano. Deadpool é uma espécie de anti-herói da Marvel muitíssimo zueiro. Esse filme se passa no Universo do X-Men, então não existem os Vingadores nem o ataque à Nova York.
     Primeiro quero dizer que esse filme não é para crianças (a classificação é 16 anos). Ele é cheio de piadas sujas, palavrões,
algumas cenas mais violentas das de outros filmes de heróis, e sexo. Mas essas piadas fazem o filme ser muito engraçado e diferentíssimo dos outros longas metragens da Marvel.
     A história por si só é bem comum; o que eu diria que faz desse filme muito bom é o humor ácido e referências a filmes, cultura pop e à atores. Esse filme é feito mais para rir do que pra se engajar na ação (embora a ação do filme seja até cativante). Como tinha visto em comentários do 9GAG, o maior spoiler que pode ser dado são em relação às piadas e não tanto sobre o enredo.
     Uma outra coisa que torna o filme ainda mais hilário é o fato de ser narrado em primeira pessoa, ou seja, temos os comentários do Deadpool zueiro. Os comentários, por exemplo, abafam as cenas mais tristes e violentas.
     Ryan Reynolds faz perfeitamente o papel do protagonista do filme: suas expressões corporais, por exemplo, são muito boas. Os outros atores também são ótimos, mas o destaque vai definitivamente para Ryan. Este é, com certeza, um dos melhores papéis que ele já fez. E sim. Stan Lee aparece nesse filme.
   Sério, o filme todo é engraçado, e quando digo todo eu digo todo mesmo, até os créditos inicias e finais são cômicos.
     Eu adorei esse filme. Se você quiser ver um filme pra se divertir, assista Deadpool. Se não quiser, também vá ver, vale a pena. Juro que foi um dos filmes mais legais que já vi e espero que também seja pra você!
     Ah! Só pra lembrar, embora hoje em dia todo mundo já saiba, depois de todos os créditos (incluindo os que aparecem no fundo preto e demoram pra caramba) há a típica cena final que promete algo (assistam que vocês saberão).

-Giu


Trailer: YouTube
Gênero: Ação, Aventura, Comédia
Direção: Tim Miller
Ano de produção: 2016
País de origem: EUA, Canadá
Data de lançamento: 11 de fevereiro de 2016
Distribuidora: FOX Filmes
Duração: ~1h50min
Faixa etária: 16 anos
Mais informações: AdoroCinema

16 de fevereiro de 2016

Livro Game of Thrones (As Crônicas de Gelo e Fogo - Livro #1) por George R. R. Martin


Gênero: Fantasia
Autor: George R. R. Martin
Páginas: 592
Ano de publicação: 1996
Editora: Leya Brasil
ISBN-13: 978-85-629-3652-4

     "Em 'A Guerra dos Tronos', o primeiro livro da aclamada série As crônicas de Gelo e Fogo, George R. R. Martin - considerado o Tolkien americano - cria uma verdadeira obra de arte, trazendo o melhor que o gênero pode oferecer.
     Uma história de lordes e damas, soldados e mercenários, assassinos e bastardos que se juntam em um tempo de presságios malignos. Cada um esforçando-se para ganhar este conflito mortal: a guerra dos tronos. Mistério, intriga, romance e aventura encherão as páginas deste livro, agora também um blockbuster da HBO!"


     Uma coisa que suponho que todos os fãs da série 'Game of Thrones' sabem é que ela é baseada na coleção de livros 'As Crônicas de Gelo e Fogo' de George R. R. Martin. Achei o primeiro livro em inglês na Saraiva em promoção e resolvi dar uma chance.
     Uma amiga havia me dito que esse livro é muito denso, no sentido que possui muitos detalhes e que, por conta disso, cansa ao ler. No começo da história não acreditei muito nisso, mas conforme lia fui reparando o quão exageradamente detalhado é o livro. George literalmente descreve o que CADA pessoa está usando nos mínimos detalhes. Isso também acontece com paisagens. Ou seja, de fato cansa muito ler tantos detalhes, o que no meu caso fez com que eu demorasse muito mais pra terminar e lesse muito pouco por vez que pegava o livro na mão.
     Entretanto, esse detalhismo, que também se aplica na História do mundo em que o livro se passa, me deixa impressionada com a genialidade do autor para criar um universo tão bem polido e elaborado. Sério: como que ele conseguiu pensar em tanta coisa ao escrever esses livros? (por isso que o livro 6 ainda não lançou).
     Falando agora da história, posso dizer que ela é incrível e, pelo menos no meu caso, me lembrou um pouquinho Harry Potter (resenha por -Ana L). A época medieval e seus dramas são explorados de uma forma interessante que me faz pensar se não era assim mesmo no nosso mundo.
     Alguns fatos demoram um pouco a serem desenvolvidos, mas quando desenvolvem, fica muito bom. As cenas de "ação" do livro são mesmo tensas. Mesmo as partes mais paradonas me faziam mergulhar na história.
     O livro é narrado em terceira pessoa mas pela perspectiva de mais de um personagem. Ned Stark, Caetlyn Stark, Arya Stark, Bran Stark, Sansa Stark, Jon Snow, Tyrion Lannister e Daenerys Targaryen (ufa!), narram esse primeiro livro. Se você já viu a série, sabe quem são.
     Se o filme do Percy Jackson é um contra-exemplo de relação livro-filme, Game of Thrones (que, no caso, é livro-série), é O exemplo, pelo menos o primeiro livro. Eu JURO que é IGUAL à série! Eu revivi momentos da série ao ler o livro, tem até frases iguais. Vale lembrar que esse livro é basicamente a primeira temporada da série.
     Uma coisa diferente da série é que não tem tantas cenas de nudez e sexo. Tipo, tem algumas coisas, mas não com tanta ênfase como na série.
     Mesmo tendo assistido a série e sabendo de tudo que iria acontecer, eu gostei muito de ler esse livro e definitivamente lerei o próximo. Eu achei que valeu a pena.
     Se você é fã de História e/ou de Fantasia (incluindo dragões) vai gostar muito desse livro uma vez que George R. R. Martin se baseia em fatos reais da História do nosso planeta. Se você já assistiu à série e não aguenta esperar pela próxima temporada, retomar a história pelos livros é uma opção legal.

-Giu

15 de fevereiro de 2016

Como Eu Era Antes de Você

Gênero: Romance
Autor: Jojo Moyes
Páginas: 320
Ano de Publicação: Jan/ 2012
Editora: Intrinseca
ISBN-13: 978-85-805-7329-9

     "Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Trabalha como garçonete num café, um emprego que não paga muito, mas ajuda nas despesas, e namora Patrick, um triatleta que não parece interessado nela. Não que ela se importe.
     Quando o café fecha as portas, Lou é obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de um acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto. Tudo parece pequeno e sem graça para ele, que sabe exatamente como dar um fim a esse sentimento. O que Will não sabe é que Lou está prestes a trazer cor a sua vida. E nenhum dos dois desconfia de que irá mudar para sempre a história um do outro."

     Vou começar minha resenha como grande parte dos títulos de resenhistas que falaram sobre este livro: "Como Eu Era Antes Desse Livro".
     Nunca fui muito fã de romances e nem de melodrama, mas assim que vi o trailer desse filme, por acidente, no facebook, fiquei loucamente interessada e (não me julguem, odeio fazer isso, mas não pude me controlar) baixei o livro.
     A história trata de maneira maravilhosamente descontraída um tema ainda muito recente e bastante polêmico: a Eutanásia. Por motivos religiosos (como no caso dos cristãos que creem que nossos corpos e vidas pertencem a Deus) quanto por tabú (crença de que a morte é um tema constrangedor), muitos não concordam com a existência de tal procedimento em alguns países (como por exemplo, na Suiça, citado no livro). Eu particularmente acredito que, havendo motivos suficientes para se tomar tal medida, não se tem porque criar tanto "bafafá" sobre o tema, principalmente porque certas decisões são pessoais e não cabem à sociedade julgar ninguém por terem participado da vida do indivíduo que optou pela Eutanásia (o que muitas vezes pode acontecer, até mesmo pela atuação da mídia perante a isso).
     Como minha opinião a respeito desse tema não convém à situação - já que o foco do nosso blog são os livros - deixemos isso de lado e voltemos ao maravilhoso livro de Jojo Moyes.
     Tenho muitos motivos para ter me apaixonado pelo livro:
  1. As personagens são sensacionais e animadas, deixando o assunto do livro menos sério e mais reflexivo, focando na opinião pessoal e reflexão de quem lê;
  2. Ao longo de todo o livro, até nos poucos trechos tristes e preocupantes, Louisa Clark busca ver o lado positivo, tentando não afetar Will (nem a si própria, embora se preocupasse em demasia). Isso me lembrou Pollyanna...
  3. O livro tem poucos trechos tristes, tipo, quase nenhum mesmo! Praticamente apenas o fim do livro tem suas recaídas, mas em grande parte é bem-humorado (muitas vezes ri das comparações feitas pela protagonista);
  4. A narração é feita por 5 pontos de vistas diferentes, sendo grande parte narrado por Lou, e um capítulo reservado a cada personagem (não vou contar quem narrou porque é uma das partes que mais gosto de descobrir em livros a sim hehehe).
     Sendo a narração feita em primeira pessoa, a leitura é bem gostosa e rápida, principalmente com as piadinhas de Lou a todo momento e as cortadas de Will. Achei uma graça a ligação que Lou, Nathan e Will conquistaram ao longo do romance, e, principalmente, me apaixonei pelas ações e pelo jeito de Lou. Ela é uma GRAÇA! 

"Não consegui ver sua boca, mas seus olhos se apertaram, um pouco divertidos. Eu queria que continuassem assim. Queria que ele fosse feliz, que seu rosto perdesse aquele ar assustado e alerta. Comecei a tagarelar. Contei piadas. Cantarolei baixinho. Fiz de tudo para estender o momento antes que ele voltasse a ser sombrio." (Cap. 7, pág. 91)

     Odiei Patrick e seu vício pelo seu corpo e amei a família Clark, que, assim como Lou - principal representante da família - são muito animados e de bem com a vida (meio malucos, mas isso é o mais legal neles). Além disso, também odiei loucamente o pai de Will, ele é meio babaca, em muitos sentidos - só lendo vocês compreenderão.

"Eu sabia, e Camilla também. Mesmo que nenhum de nós admitisse. Só com a morte de meu filho eu ficaria livre para viver a vida que quisesse." (Cap. 21, pág. 261)

     Estou impressionada com a narrativa incomum realizada por Jojo Moyes que enfrentou um grande desafio ao transcrever seu ponto de vista a respeito de uma polêmica. Adorei o espírito aventureiro e desafiador dela hahaha. Tenho certeza que, qualquer um que ler este livro, irá ficar marcado e mudar seu ponto de vista perante outros deficientes, sejam eles deficientes físicos ou mentais (a autora comenta problemas da sociedade e do Estado de maneira bem convincente e justificada, o que me fez a adorar mais ainda!).

"Há coisas que você não percebe até acompanhar uma pessoa numa cadeira de rodas. Uma delas é como a maioria dos calçamentos é malconservada, com buracos mal remendados ou desnivelada. Andando devagar ao lado de Will enquanto ele mesmo dirigia a cadeira, notei que cada laje em desnível causava nele uma dolorosa chacoalhada, ou como ele frequentemente precisava se desviar com cuidado de algum obstáculo em potencial." (Cap. 5, pág. 67)

     O livro é uma grande crítica a sociedade atual, apontando que, por mais que tentemos apontar o "Século XXI" como o século do futuro e do bem, ainda há muito a se preocupar para o tornar um exemplo.
     Boa leitura, e depois me conte sua experiência com este livro!

-Ana L


"Validade: 19 de março de 2007" (Cap. 15, pag. 191)


Obs.: Em julho será lançado o filme sobre este livro. Espero que seja tão bom quanto o livro e que destaquem a alegria relatada no livro e não só a tristeza muitas vezes esperada quando se fala da morte. 

12 de fevereiro de 2016

Série Unbreakable Kimmy Schimdt (original Netflix)


     "Presa em culto ao Armagedom desde a adolescência, Kimmy é resgatada quinze anos depois. Sua primeira decisão: morar em Nova York"

     Sabe quando você vê o nome e a sinopse da série e acha tão ridículo que promete que nunca vai assistir? Era isso que ia acontecer entre mim e essa série, mesmo tendo ouvido recomendações de um amigo (que diga-se de passagem, também não tinha gostado da sinopse). Um dia, não sei porque, resolvi ver o trailer da série e até que gostei, então comecei a vê-la.
     O que dizer sobre a minha primeira impressão sobre essa série? I've never been so wrong. A proposta não parece boa mas, surpreendentemente, é.
     Juro, é uma das séries mais engraçadas que já vi, além de ser peculiar e ter atores incríveis. Ela é produzida e escrita pela comediante Tina Fey e conta com cenas com muito humor negro e alguns temas diferentes, como cultos e ficar preso por muito tempo contra a sua vontade. Mas também aborda temas típicos, porém de forma divertida, como 'como sobreviver em Nova York' e o papel de uma mulher e um gay negro perante preconceitos.
     É legal ver o "generation gap" entre Kimmy e os outros personagens; não devido à idade, mas ao fato de ela ter ficado 15 anos totalmente isolada do mundo, então situações mundanas e referências ao mundo atual se tornam objetos de estranhamento para personagem. Isso faz com que haja umas tiradas sensacionais na série.
     O programa apresenta musicas originais que nem "How I Met Your Mother" (resenha por -L). A abertura, por exemplo, é VICIANTE, até hoje está na minha cabeça. E a série está sendo até elogiada sobre isso.
     Os personagens, e seus atores, são tão incríveis que merecem cada um uma breve descrição:

     • Kimmy Schimdt- A protagonista da série, vivenciada por Ellie Kemper, é muito engraçada, um pouco infantil e muito ingênua, afinal ela perdeu o contato com o mundo na adolescência. As expressões facias que ela faz são impagáveis e suas frases sobre a vida e sobre ser "inquebrável", uma lição de vida.


     • Titus Andromedon- Esse é definitivamente meu personagem favorito. Titus é um homem gay muuito divo que tenta chegar ao seu estrelato em Nova York, mas até agora não conseguiu nada. Ele é o colega de quarto de Kimmy e a guiará pelo mundo atual em NY. O ator, Tituss Burgess, canta muito bem além de ser engraçadíssimo.


 

     • Jacqueline Voorhes- A patroa rica de Kimmy nos mostra a arrogância e superficialidade das pessoas ricas de forma cômica e satirizada, mas também nos apresenta o lado humano e inseguro delas. Entretanto, a personagem de Jane Krakowski guarda um hilário segredo que mostra um outro lado dela. Kimmy a ajudará com seus incríveis conselhos.


     •Lilian- Outra ótima personagem. É a senhora meio maluca do apartamento que Titus e Kimmy alugam. Ela demonstra a esperteza de anos de experiência da vida não privilegiada de Nova York. Eu não sei porque mais a achei simpática e ficava feliz de vê-la em cena. Ela é interpretada por Carol Kane.


     •Xanthippe Lannister Voohes- Enteada adolescente de Jacqueline interpretada por Dylan Gelulla. Uma espécie de mean girl. O legal dessa personagem é que ela mais a Kimmy vão mostrar de forma mais intensa o "generation gap". Também, as duas estarão sempre em pé de guerra.

 

     As descobertas sobre a vida, não apenas relacionadas aos 15 anos de vida perdidos de Kimmy, fazem com que a série seja ao mesmo tempo engraçada, mas nos deixe mensagens profundas de otimismo e bem-estar com nós mesmos. 
     Ah! Outra coisa: a série não possui palavrões nem nudez, então dá pra assistir mais tranquilo com gente por perto sem ser constrangedor.
     Se eu recomendo essa série? Com certeza! Ela é uma das que mais gostei no ramo de comédia. E ainda aprendi a não julgar uma série pela sinopse.

-Giu

Produtores: Tina Fey, Robert Carlock, David Miner
Criadores: Tina Fey, Robert Carlock
Gênero: Comédia, Humor Negro, Sitcom 
Emissora que transmite (EUA/Brasil): Netflix
Temporadas: 1
Status: Renovada para a segunda temporada (estreia dia 15 de abril de 2016) 
Tempo por episódio: ~20 minutos
Ano: 2015-presente
Data de lançamento: 6 de março de 2015

11 de fevereiro de 2016

Pollyanna: Livro vs. Filmes

  • LIVRO
Gênero: Clássico - Infanto Juvenil
Autor: Eleanor H. Porter
Páginas: 184
Ano de Publicação: 1913 (1ª edição)
Editora: Companhia Editora Nacional
ISBN-13: 978-85-342-3090-2

     "Embarque na emocionante história da doce Pollyanna, que, após ficar órfã aos 11 anos, vai morar com a sua amarga tia. Essa convivência, aparentemente impossível, vai transformar a vida de ambas e de todos à sua volta. Este livro, um dos mais traduzidos e adaptados romances do século XX, carrega a intensa mensagem positiva de que todas as coisas podem ser melhores, dependendo da forma como as olhamos."



  • FILME 1960
     "Na pequena cidade de Americana você descobrirá Pollyana (Hayley Mills), uma pequena órfã que ilumina a vida de todos que a conhecem. Sua tia Polly (Jane Wyman), preocupada com aparências, política e posses, tem problemas em aceitar a alegria da sobrinha. Somente quando a cidade quase perde a sua habitante mais querida, é que tia Polly entende a importância do amor e da esperança."

Gênero: Drama - Aventura
Direção: David Swift
Ano de Produção: 1960
País de Origem: EUA
Data de Lançamento: 08 de julho de 1960
Distribuidora: Disney Buena Vista
Duração: 2h14min
Faixa Etária: Livre
Mais Informações: Interfilmes

  • FILME 1919
     "Pollyanna (Mary Pickford), uma menina de onze anos, após a morte de seu pai, um missionário pobre chamado John Whittier (Wharton James), se muda de cidade para ir morar com uma tia rica e severa que não conhecia anteriormente. No seu novo lar, passa a ensinar, às pessoas, o "jogo do contente" que havia aprendido de seu pai. O jogo consiste em procurar extrair algo de bom e positivo em tudo, mesmo nas coisas aparentemente mais desagradáveis."

Gênero: Comédia - Drama
Direção: Paul Powell
Ano de Produção: 1919
País de Origem: EUA
Data de Lançamento: 18 de janeiro de 1920 (EUA)
Distribuidora: United Artists
Duração: 58min
Faixa Etária: Livre
Mais Informações: Wikipedia (em inglês)


10 de fevereiro de 2016

Downton Abbey

Imagem publicitária da última temporada
      "No início do século XX, a família Crawley luta para manter o legado de Downton Abbey. Após a morte de um parente que estava à bordo do Titanic, Robert Crawley (Hugh Bonneville) descobre que o novo herdeiro da propriedade é um sobrinho distante, Matthew Crawley (Dan Stevens), um advogado com pensamentos modernistas. Enquanto Robert e sua esposa Cora (Elizabeth McGovern) se preocupam com o futuro das suas filhas, Mary (Michelle Dockery), Edith (Laura Carmichael) e Sybil (Jessica Brown Findlay), os empregados da mansão trabalham para manter a rotina da família, com todas as regras da época."

     Me indicaram a série em 2015. Demorei um pouco pra começar a assistir devido à duração de cada episódio ser longa, mas assim que comecei a ver, não consegui mais parar.
     A série relata a história de uma família riquíssima da Inglaterra, dona da humilde mansão Downton Abbey. A história se inicia com o Titanic, passando pelas grandes guerras mundiais e outros problemas que causam grandes mudanças no pensamento da sociedade britânica - e no resto do mundo também. Além disso, ao longo da série a história dos empregados da casa é revelada, assim como seus esquemas de trabalho e a noção de hierarquia presente na época.
     No início da série, Mary me faz odiá-la loucamente por conta de sua grosseria, principalmente contra sua irmã Edith, mas depois acabei me acostumando e meu ódio se tornou amor hahaha. Matthew é um dos meus personagens favoritos sem dúvida alguma, assim como Sybil e seu namorido - lindos demais s2.
     Uma das coisas mais interessantes da série é ver os hábitos das grandes famílias e de seus empregados durante o século passado, observando as mudanças desses hábitos com o tempo. É impressionante como grandes caos provocam mudanças tão significativas no modo de vida das pessoas, o que é bem interessante observar comparando a primeira temporada com os demais episódios.
Princesa Kate Midleton visita elenco da última temporada
     Admito que algumas coisas da série me traumatizaram levemente, mas foram necessárias para apresentar outras ideias da época, como com relação à medicina, ainda muito "medieval". Muitos detalhes históricos são apresentados ao longo dela, e alguns deles são perceptíveis até mesmo na decoração de fundo (adoro observar tudo nessas obras históricas xD).
     Por fim, só para avisar vocês, não querendo convencê-los logo de cara a ver a série, longe de mim fazer isso, 3 coisas são extremamente importantes de serem listadas:
  • A atriz Maggie Smith, linda e maravilhosa como sempre e famosa pelo seu papel em Harry Potter como Professora Minerva McGonagall, interpreta, na série, a vovó Violet Crawley, bravinha mas fofa.
  • A atriz Penelope Wilton, conhecida por interpretar a Sra. Gardiner em "Orgulho e Preconceito" e fazer parte do grande elenco de "O Exótico Hotel Marigold" como Jean Ainslie, também participa da série (em seu segundo trabalho com Maggie Smith) como a personagem Isobel Crawley, mãe de Matthew.
  • Dan Stevens, que em "Uma Noite no Museu 3" interpreta Sir Lancelot - gatíssimo - (e em 2017 interpretará a Fera em "A Bela e a Fera"), na série interpreta Matthew Crawley, parente da família principal.
     Bom, depois da listagem que não tinha o menor objetivo de te convencer ainda mais a assistir a uma das minhas séries favoritas, claro que não, acredito que te convenci a assistir Downton Abbey! Ebaaa! Espero que gostem da série e comentem o que acharam ;)

-Ana L



Produtores: Liz Trubridge, Nigel Marchant
Criadores: Julian Fellowes
Gênero: Drama - Histórico
País de Origem: Reino Unido
Emissora: ITV (Reino Unido) / Disponível no Netflix
Temporadas: 6
Status: Finalizada
Tempo por Episódio: 45 - 67min
Ano: 2010 - 2015
Lançamento: 26 de setembro de 2010

9 de fevereiro de 2016

Série Fear The Walking Dead (spin-off de The Walking Dead)

     "Contextualizada no mesmo universo de The Walking Dead, a série Fear The Walking Dead é um drama que explora o início do apocalipse dos mortos-vivos através do retrato de uma família em crise. Situada em uma cidade aonde as pessoas vão para escapar, para esconder seus segredos e enterrar seus passados, a trama mostra que um súbito surto ameaça perturbar a pouca estabilidade que resta à supervisora de Ensino Médio Madison Clark (Kim Dickens) e ao professor de inglês Travis Manawa (Cliff Curtis).
     A pressão cotidiana de unir as duas famílias, lidando com crianças que cresceram cheias de ressentimento, precisa ficar em segundo plano quando a sociedade começa a ruir. Com a necessidade de evoluir, em um cenário em que somente os mais aptos sobrevivem, a família disfuncional deve se reinventar ou se entregar às suas histórias obscuras."


     Uma das coisas mais requisitadas pelos fãs de "The Walking Dead" é algum indicio de como a apocalipse zumbi começou e como que foram os primeiros dias do caos. Essa série alivia essa nossa vontade.
     Situada em Los Angeles, o spin-off de "The Walking Dead", na minha opinião, é muito diferente da série original. O ambiente é urbano e, como a série se passa no início da apocalipse, o caos é maior e a chance das coisas darem erradas são enormes. Além disso, os personagens são apresentados antes da apocalipse, então eles parecem mais normais do que na outra série. Por conta disso, posso dizer que a série dá muito mais medo do que a história de Rick. Há um maior senso de semelhança com o mundo real.
     É possível observarmos bem o desespero da família que, aliás, é diferente das famílias tradicionais: temos um jovem drogado, um filho de pais divorciados rebelde e um casal que luta para ser aceito pelos seus filhos (que são fruto de relacionamentos passados dos dois). Essa parte de "jovens rebeldes" me irritou um pouco porque cai nessa falsa mesmice de que adolescente é rebelde e chato.
     Uma outra coisa que nos deixa tensos é que, como é bem o início da apocalipse, qualquer um pode estar infectado e virar zumbi sem que os personagens principais reparem a mudança, afinal não existem zumbis, né? E a série usa disso pra nos deixar ainda mais assustados, colocando pessoas de costas e estáticas de forma que você não sabe se ele é zumbi ou humano (no TWD dá pra saber melhor, eu acho). Além disso, como sabemos dos perigos desse novo mundo pela série original (e HQ) e os personagens não, dá ainda mais pânico ao assistir alguns atos comuns dos personagens, mas que agora podem ser mortais.
     Também encontramos repostas sobre o que aconteceu com as autoridades que deveriam estar cuidando da população assustada e ainda quais foram as medidas preventivas no início da disseminação do vírus. Mas vale lembrar que não há menção de como que o vírus foi espalhado, e que acredito que nunca saberemos, já que os criadores resolveram que não falarão sobre isso.
Elenco da série
     Em relação aos personagens, tem uns legais e uns meio sem graças; eu particularmente gostei do Nick Clark (o jovem que usa drogas), interpretado por Frank Dillane, que tem um jeito engraçado ao se deparar com a apocalipse. A irmã dele Alicia (Alycia Debnam-Carey) também é legal, tem um jeito irônico e um cabelo fabuloso que juro que se continuar assim durante a apocalipse vou perder a credibilidade na série.
     O enredo realmente é tenso, talvez o mais tenso de todas as séries que já vi. É realmente uma série emocionante que te faz pensar o que você faria no lugar dos personagens nessa situação de início de apocalipse.
     Eu suuuper recomendo essa série. Mesmo que você não curta muito TWD, essa aqui é diferente. A tensão faz com que fiquemos engajados e esqueçamos que o tempo passou e que o episódio já está acabando.
    Ah! Também, juntamente com o início dessa série, o pessoal da AMC lançou uns episódios de um minuto que mostram um avião que irá decolar bem quando a apocalipse começa a causar caos e possui um dos passageiros infectados. O nome do programa é Flight 462 e pode ser facilmente achado na internet.

-Giu

Produtores: Dave Erickson, Robert Kirkman, Gale Ann Hurd, David Alpert, Greg Nicotero
Criadores: Dave Erickson, Robert Kirkman
Gênero: Terror, Drama, Suspense, Pré-Apocalipse 
Emissora que transmite nos EUA: AMC
Emissora que transmite no Brasil: AMC
Temporadas: 1
Status: Renovada para segunda temporada (estreia dia 10 de abril de 2016)
Tempo por episódio: ~42 minutos
Ano: 2015-presente
Data de lançamento: 23 de agosto de 2015 

8 de fevereiro de 2016

Resenha Livro Magnus Chase e os Deuses de Asgard: a Espada do Verão


A Espada do VerãoAutor: Rick Riordan
Gênero: Infanto Juvenil, Fantasia, Mitologia Nórdica
Número de páginas: 448
Ano de publicação: 2015
Editora: Intrínseca
ISBN-13: 9788580577952

     "Às vezes é necessário morrer para começar uma nova vida...
     A vida de Magnus Chase nunca foi fácil. Desde a morte da mãe em um acidente misterioso, ele tem vivido nas ruas de Boston, lutando para sobreviver e ficar fora das vistas de policiais e assistentes sociais. Até que um dia ele reencontra tio Randolph - um homem que ele mal conhece e de quem a mãe o mandara manter distância. Randolph é perigoso, mas revela um segredo improvável: Magnus é filho de um deus nórdico.
     As lendas vikings são reais. Os deuses de Asgard estão se preparando para a guerra. Trolls, gigantes e outros monstros horripilantes estão se unindo para o Ragnarök, o Juízo Final. Para impedir o fim do mundo Magnus deve ir em uma importante jornada até encontrar uma poderosa arma perdida há mais de mil anos. A espada do verão é o primeiro livro de Magnus Chase e os deuses de Asgard, a nova trilogia de Rick Riordan, agora sobre mitologia nórdica."


     Okay, vou ser sincera com você: como uma boa semideusa, eu só comprei esse livro porque disseram que o tio Rick tinha escrito sobre a Annabeth. Não é algo que eu me orgulho, mas com certeza eu não me arrependo. Mas, antes que você crie esperanças (aliás, se por acaso você não faz ideia do que eu estou falando corra para a livraria mais próxima de você e compre os livros de percy jackson, grata), a Annabeth quase não aparece muito.
     A história é sobre Magnus, um menino que perdeu a mãe e desde então é morador de rua. O que eu gostei bastante foi do sarcasmo dele, que ficou bem presente já que é ele quem narra a história em primeira pessoa.

"Finalmente, paramos em frente à porta onde estava escrito MAGNUS CHASE.
Ao ver meu nome gravado em ferro, rodeado de runas, comecei a tremer. Minhas últimas esperanças de que tudo aquilo fosse um erro, uma pegadinha de aniversário ou uma confusão cósmica evaporaram. O hotel estava me esperando. Tinham escrito meu nome corretamente e tudo."
     Magnus vive uma vida normal, até ser atacado no seu aniversário de dezesseis anos por um gigante nórdico do fogo. Depois disso, as coisas só vão por "água abaixo". Ele descobre que a salvação de toda a humanidade depende dele e de algum objeto místico.
     Aliás, por mais que eu tenha adorado o livro, não consegui me segurar e acabei comparando com o livro Ladrão de Raios diversas vezes, desculpa tio Rick, você sabe que eu te amo, mas cara, teve uma falta de criatividade deprimente nesse livro. Se você generalizar as coisas, irá perceber que as histórias são idênticas. Garoto aleatório (Percy e Magnus) que não tem a ver com absolutamente nada, mas tem que achar um objeto mágico (a espada e o raio), e tem uma profecia, e tem que evitar o fim do mundo, arma que se transforma num objeto comum, etc etc etc. Mas ainda assim, sempre que Percy Jackson era citado indiretamente batia um sentimento de nostalgia que meu deus.
"A espada pulsou, quase como se tivesse rindo. Imaginei-a dizendo: Uma caneta que vira uma espada. É a coisa mais idiota que já ouvi."
     Em falar na espada, ela é definitivamente meu personagem favorito haha. Os outros personagens são okay, eu sinto que a história deles podia ter sido aproveitada um pouco mais, mas talvez isso aconteça porque o livro todo é narrado pelo ponto de vista do Magnus.
     A escrita não me prendeu exatamente, mas não foi um obstáculo. É aquele tipo de leitura que não te faz devorar as páginas como se esse fosse uma fonte de água infinita no meio do deserto mas ao mesmo tempo você não termina a leitura no próximo século.
     O que me complicou um pouco foi a mitologia nórdica. Cada nome é grotesco, e até cordas tem um nome gigante. Ah, e as vezes a mesma coisa tem vários nomes: um normal, um complicado, um impossível e por aí vai.
     Uma coisa que me deixou um pouco frustrada é que esse livro é para pessoas na faixa etária dos doze então isso me incomodou um pouco, porque tinha uns trechos meio infantis. Então, se você leu quando era pequena(o) PJO, provavelmente irá sentir isso também.
     Esse livro não se tornou um dos meus livros preferidos, mas não me arrependi de o ter lido. Se você quer conhecer um pouquinho sobre mitologia nórdica ou quer rir de maneira estranha enquanto lê um livro, esse aqui é ideal para você.


Kisses, -L

6 de fevereiro de 2016

Resenha Série How I Met Your Mother


Criadores: Carter Bays, Craig Thomas

Gênero: Comédia
Transmitida por: CBS
No. de temporadas: 9
Status: Finalizada
Tempo por episódio: ~22min 
Ano de exibição: 2014
Ministério da saúde recomenda: se você tem algo para fazer, não comece essa série de maneira nenhuma.
     Conselho dado, quem avisa amigo é. Agora, deixe me falar um pouquinho sobre essa série que me deixou louca.

     A série é narrada por um dos personagens principais, o arquiteto Ted Mosby. Ele conta toda a história da vida dele, com o objetivo de explicar para os filhos como ele conheceu a mãe deles. Acho que o motivo dessa série ser tão boa não foi exatamente a história, mas sim os personagens.
     Além do Ted, temos o casal super fofo Marshall e Lily, Robin, a canadense, e o Barney, o pegador. Na série, nos acompanhamos, durante nove temporadas muitas (muitas mesmo) risadas, a trajetória desses cinco, incluindo as suas conquistas e seus fracassos hilários.
     Um grande problema dessa série é que, se você vê muitos episódios de uma vez, talvez você comece a ver a série no seu dia a dia. De repente, aquele garoto que tenta consolar uma garota triste na balada passa de "fofo" para "idiota que quer se aproveitar da vulnerabilidade dela" (baseado em fatos reais). Ou senão você morre de vontade de fazer um "high five", sente uma ânsia louca de zoar canadenses, pensa que Nova Jersey é uma porcaria, ou quer sair por ai jogando laser tag.
      E, para complicar mais a vida, essa série é viciante. Eu ainda estou de férias, então ela é minha salvação do tédio absoluto. Mas eu altamente recomendo ela se você estiver na bad, porque ela é um ótimo remédio, e sem você nem perceber os seus problemas sumirão da sua cabeça e você não conseguirá parar de rir.
     Ahhhh, e se você precisa de mais algum motivo para assistir porque não confia no meu gosto excepcional para séries: TEM AS NOVE TEMPORADAS NA NETFLIX.


Kisses, -L

5 de fevereiro de 2016

Ladyhawke: O Feitiço de Áquila

      "Europa, século XII. O Bispo de Áquila (John Wood) toma consciência que sua amada, a bela Isabeau (Michelle Pfeiffer), está apaixonada por Etienne Navarre (Rutger Hauer), um cavaleiro. Áquila fica possuído de raiva e ciúme e lança uma maldição sobre o casal: de dia ela sempre será um falcão e de noite Navarre toma a forma de um lobo, sendo que desta forma fica o casal impedido de se entregar um ao outro. Eles têm como único aliado Phillipe Gaston (Matthew Broderick), mais conhecido como Rato, que é o único prisioneiro que escapou das muralhas de Áquila."

     Clássico dos anos 80, "Ladyhawke: O Feitiço de Áquila" era um dos filmes que meu pai mais queria que eu assistisse - dentre outros estavam "O Senhor dos Aneis", "Em Busca do Cálice Sagrado", "Rollerball"... - e afinal assistimos, depois de longos anos dele me pedindo para ver. Hehehe.
     A história do filme é intrigante: num passado mágico e medieval, um bispo feiticeiro castiga sua amada Isabeau (Michelle Pfeifer) para se vingar por esta se apaixonar pelo cavaleiro Navarre (Rutger Hauer) em lugar dele. Meio louco? Total! Ao menos eu acho. Mas isso não é um problema, é claro, além do mais, filmes loucos são os mais intrigantes para mim (e este é só um resumo, muitas coisas ocorrem no filme que nos deixam muito animados).
     Ao longo do drama, as mudanças das personagens em lobo (Navarre, durante a noite) e falcão (Isabeau, durante o dia) ocorrem repetidas vezes, mas deles, quem mais aparece ao jovem Phillipe (lindo do Matthew Broderick com cara de neném) em forma de humano é o cavaleiro. É agoniante isso deles nunca conseguirem se encontrar devido ao feitiço, no entanto,é extremamente lindo o modo como eles se cuidam, aguardando o dia em que, talvez, poderão se ver novamente com ambos em forma de humanos.
     O longa é levemente lento e dramático em algumas partes - o que me faz classificá-lo como romântico, de certa forma -, o cuidado com a decoração é impressionante, algumas cenas são meio "pré-históricas" (mas pelo ano do filme isso é justificável) e a atuação dos atores é fantástica, na minha opinião. O fim do filme me deixou confusa se tudo ia ficar bem ou não, o que é bem raro de acontecer nos filmes atuais, em que, por mais que tentem, nós sempre achamos que vai dar tudo certo - e é o que geralmente acontece.
     Adorei o filme, e tenho certeza que você também vai adorar! Não julgue por ser antigo, confie em mim: a história é fantástica. (Dica: assista com um pouco de café do lado ;) )

-Ana L


Gênero: Fantasia
Direção: Richard Donner
Ano de Produção: 1985
País de Origem: EUA
Data de Lançamento: 1985
Distribuidora: 20th Century Fox / Warner Bros.
Duração: 1h57min
Faixa Etária: 12 anos
Mais Informações: AdoroCinema

4 de fevereiro de 2016

As Mulheres do Sexto Andar


Capa Original do DVD
     "Paris, anos 60. Jean-Louis Joubert (Fabrice Luchini) é um corretor da bolsa que leva uma vida tranquila ao lado da esposa, Suzanne (Sandrine Kiberlain). A vida do casal é alterada quando sua empregada domestica, que trabalha com eles há 20 anos, pede as contas. Em seu lugar é contratada a espanhola Maria Gonzalez (Natalie Verbeke), que passa a morar com a tia e outras conterrâneas no sexto andar do prédio, onde ficam os alojamentos dos empregados. Impulsionado pela simpatia da nova contratada, Jean-Louis se aproxima de Maria e suas colegas, descobrindo um universo até então desconhecido para ele."

     O interessante desse filme é que retrata um pouco da história cotidiana parisiense dos anos 60 ao mostrar a casa das domésticas do prédio no último andar, com seus patrões vivendo a baixo delas. Outra coisa que me chamou a atenção, foi que todas elas eram espanholas, e ao longo do filme, queixas das mesmas com relação à Espanha são frequentes, indicando o período em que a economia do país estava péssima e muitos tiveram de se retirar do mesmo para conseguir mais dinheiro.
     O longa apresenta uma história bonita e cheia de surpresas, sendo minhas partes preferidas as conversas dos filhos de Jean-Louis Joubert (Fabrice Luchini) - que são estranhamente pervertidos - e o momento em que este passa a conviver com o sexto andar, conhecendo a alegria e a espontaneidade das espanholas (assim como sua comida). 
     Gosto de comparar essa situação das empregadas com o que se vê na série Downton Abbey: enquanto na França estas ficavam em cima dos prédios, na Inglaterra (mesmo que, temporalmente, não seja a mesma coisa) os empregados dominavam os andares de baixo. 
     Na minha fase "Filmes Franceses", indico este como um dos mais divertidos que assisti, assim como o meu preferido de todos eles. Sandrine Kiberlain, atriz que interpreta a esposa de Jean-Louis, também fez parte do longa "O Pequeno Nicolau", filme infantil, baseado num desenho apresentado na TV entre 1956 e 1964. Amo muito essa atriz!
     Espero que assistam ao mesmo e comente o que acharam! Muitos tem preconceito com relação a filmes franceses, mas garanto que nem todos são lentos e chatos como todos dizem ;)

-Ana L


Gênero: Comédia
Direção: Philippe Le Guay
Ano de Produção: 2011
País de Origem: França
Data de Lançamento: 10 de Fevereiro de 2012
Distribuidora: Vinny Filmes
Duração: 1h46min
Faixa Etária: 12 anos
Mais Informações: AdoroCinema

1 de fevereiro de 2016

O que é ISBN-13?



      Em todos os nossos posts, buscamos apresentar todas as características que consideramos relevantes de um livro - gênero, autor, ano de publicação, editora... - e, dentre essa informações, há o ISBN, que acredito que poucos sabem para que serve e por que existe.
     Pois bem, neste post vamos tentar explicar o mais simples possível o que significa tal código numérico, onde encontrá-lo e no que usá-lo. Esperamos ajudá-los com esta postagem e, qualquer outra dúvida, acessem o site oficial da Agência Brasileira do ISBN, responsável pela fiscalização do código no país.





  • O que é ISBN-13?
     O ISBN é um código criado em 1967 - e tornado oficial no mundo inteiro a partir de 1972 - com o objetivo de identificar e classificar os livros conforme o título, o autor, o país e a editora, podendo haver alteração a cada nova edição. Em 2007, o código foi alterado atribuindo-se o prefixo 978, ampliando-se, assim, a capacidade do sistema, já que o número de publicações, edições e formatos (digital e impresso) vem aumentando muito a cada ano. Assim que o prefixo 978 se esgotar, o código seguinte será o 979, e assim sucessivamente (provavelmente).
  • O que significa a sigla do código?
     A sigla ISBN significa International Standard Book Number; tradução: Número Internacional Padronizado.
  • Como o código é escrito?
     A forma do código é 978 - 85 - 333 - 0400 - 5 (não publicamos aqui com todos os hífens, mas vamos tentar deixar a preguiça de lado em prol de ajudar vocês: treze números é fácil de se confundir com o do lado). Cada parte do código possui um significado:
     - 978: Prefixo EAN (numeração inicial do código de barras);
     - 85: Identificador do país, idioma ou grupo (no caso, 85 é referente ao Brasil);
     - 333: Identificador do editor;
     - 0400: Título; 
     - 5: Dígito de verificação.
  • Onde posso encontrar essa identificação?
     Em todos os livros é obrigatório, por lei, a identificação do ISBN no livro. O número está localizado no verso da folha de rosto, seguido por outras informações, e no pé da 4ª capa, do lado direito (este último nunca reparei, costumo procurar apenas pela folha de rosto mesmo).
  • Todos os códigos são fiscalizados pela Agência Brasileira do ISBN?
     Sim. O poder a eles é dado por meio da Agência Internacional do ISBN, responsável pela orientação às agências locais de como organizar o código. O número de identificação do editor (333, como apresentado na descrição acima) é responsabilidade exclusiva da Agência local, que no caso do Brasil é a Fundação Biblioteca Nacional (representante da Agência Brasileira do ISBN).
  • Ok, mas em que isso me ajuda?
     O código facilita a busca por uma edição específica de qualquer livro que você busque, facilitando que você encontre aquela edição especial e rara que tanto deseja, por exemplo, ou em caso de não saber o nome correto do livro por este ser parte de uma série em que todos os livros possuem o mesmo nome (acontece...). Além disso, facilita a organização e aumenta seu conhecimento com relação a livros. 


-Ana L, -Giu e -L